Dedé entra na Justiça do Trabalho para desbloquear sua transferência
Direitos federativos do zagueiro do Cruzeiro estão presos na Federação de Futebol do Rio por causa de uma dívida do Vasco com a Fazenda Nacional
Dedé já vestiu a camisa do Cruzeiro
(Foto: Washington Alves / VIPCOMM)
O zagueiro Dedé entrou nesta quinta-feira na Justiça do Trabalho para
conseguir a liberação de seus direitos federativos, que estão presos na
Federação de Futebol do Rio (Ferj) por causa de uma dívida do Vasco com a
Fazenda Nacional. O jogador foi vendido pelo clube carioca ao Cruzeiro
na semana passada por R$ 14 milhões, mas o órgão do Governo Federal,
credor de R$ 50 milhões do Cruz-Maltino, conseguiu mandado de segurança
que bloqueia a transferência. Por isso, os representantes do zagueiro
decidiram entrar na Justiça com a alegação de que ele não pode ter
impedido seu direito de trabalhar.(Foto: Washington Alves / VIPCOMM)
- Já demos entrada no processo. Tomamos todas as providências e estamos esperando uma resposta do nosso advogado - disse um dos empresários do jogador, Giuliano Aranda, o ex-atacante Magrão.
Enquanto aguarda a resposta sobre o pedido de liberação na Justiça do Trabalho, Dedé não pode estrear pelo Cruzeiro. O presidente da Ferj, Rubens, Lopes, confirmou que, por enquanto, a entidade acata o mandado de segurança obtido pela Fazenda Nacional.
Antes de confirmar a venda de Dedé, o Vasco fez acordo com Romário, que havia conseguido a penhora dos direitos do jogador. Porém, o clube não previa a ação da Fazenda, que negocia com o clube desde o início do ano passado. Os dirigentes cruz-maltinos queriam fazer pagamentos com prestações suaves ao longo de mais de dez anos, enquanto a Fazenda, que não aceitou a pedida vascaína, insiste em quitação em 24 meses.
Hoje, o clube tem cerca de R$ 20 milhões penhorados, que servem de abatimento da dívida de R$ 50 milhões. Na venda de Dedé, a Fazenda entrou com mandado de segurança para receber parte do dinheiro da transação. O Vasco argumenta que já gastou toda a verba depositada pelo Cruzeiro na semana passada.
- Recebemos os recursos à vista e já os utilizamos integralmente para o pagamento de salários atrasados, encargos trabalhistas e outras das muitas dívidas do clube. O caso está com o departamento jurídico do Vasco, mas, sinceramente, não sei mais o que pode ser feito - afirmou o diretor geral do clube, Cristiano Koehler, ao tomar conhecimento do mandado de segurança conseguido pela Fazenda.
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