sexta-feira, 26 de abril de 2013

26/04/2013 19h33 - Atualizado em 26/04/2013 20h32

Caso Bernardo: família diz que Dayana foi vítima de 'sete balas perdidas'

Segundo informações do site da revista "Veja", o pai, a mãe e a irmã da jovem foram à polícia acompanhados por advogado que defende traficante

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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Dayana Rodrigues, Bernardo, favela, maré (Foto: Reprodução / Facebook)Dayana Rodrigues foi vista ao lado de Bernardo no
Complexo da Maré (Foto: Reprodução / Facebook)

A polícia tomou conhecimento de maneira inusitada do caso que envolve o espancamento do meia Bernardo no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, no último domingo. O pai, a mãe e a irmã de Dayana Rodrigues - que seria uma das mulheres de Marcelo Santos das Dores, o Menor P, e teria sido vista ao lado do jogador do Vasco - procuraram a 21ª DP (Bonsucesso) e disseram que ela teria sido atingida por sete balas perdidas. As informações são do site da revista "Veja". Ao lado dos familiares de Dayana, estava o advogado Nilson Lopes, que também defende Menor P.
Dayana Rodrigues, de 23 anos, levou cinco tiros nas pernas e dois no pé esquerdo, no entanto já recebeu alta do hospital. Ela tem um filho de 6 anos, que, de acordo com o site da "Veja", chama Menor P de "pai". A namorada do traficante ainda mora com a família na favela Vila dos Pinheiros. Antes de a história vir à tona, ela ostentava riqueza em redes sociais, mas seus perfis foram excluídos nos últimos dias.
Ainda segundo a "Veja", Bernardo já avisou a amigos que nunca mais voltará ao Complexo do Maré, local que costumava frequentar desde a sua primeira passagem pelo Vasco, em 2011.
Sequestro e agressão
Segundo informações da polícia, no último domingo, Bernardo foi sequestrado e agredido por traficantes dentro do Complexo da Maré. O motivo teria sido o seu envolvimento com Dayana Rodrigues, supostamente uma das mulheres de Marcelo Santos das Dores, o Menor P, líder do tráfico no local.
Bernardo e Dayana teriam sido flagrados por bandidos na Favela Salsa e Merengue, e de lá levados para uma casa na Vila do João, onde teriam sido deixados nus, amarrados com fita crepe, torturados com choques elétricos e espancados.
As informações da polícia dão conta de que Wellington Silva teria sido chamado quando os traficantes começaram a espancar Bernardo e convencido os traficantes a pouparem Bernardo argumentando que se o jogador morresse "a favela teria UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) no dia seguinte".
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Bernardo contrariou a versão da polícia e disse que não sofreu qualquer agressão.
- Estou bem e saudável. Não fizeram mal nenhum comigo. Não sofri nenhum tipo de agressão. Estou à disposição da polícia para o que ela precisar ao longo dessa investigação - disse Bernardo.
Já Wellington Silva negou que tenha encontrado Bernardo na favela, mas confirmou que o jogador o comunicou sobre o episódio violento:
- Ele me ligou depois e disse o que aconteceu. Eu falei: “Tu é doido, Bernardo?!” Ele disse que ainda estava muito abalado e depois conversaríamos pessoalmente.

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